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Um momento feliz que pode se transformar em depressão

06/05/2022 |

A grande maioria das pessoas não consegue compreender como um momento que deveria ser a fase mais feliz da vida de uma mulher, a maternidade, pode levar à depressão. E neste momento de fragilidade, na tentativa de explicar esse fenômeno, o senso comum, julga a mãe como desequilibrada, que lhe faltou cuidado e, até mesmo, de falta amor ao filho. Tudo isso fere ainda mais as mulheres e as leva a adoecer.

Desde meninas, as mulheres convivem com a ideia de que elas devem ter filhos algum dia, ou seja, vivem debaixo de um manto social que as pressiona para serem mães. A história é sempre a mesma. E a velha cobrança sobre “quando os filhos virão” sempre chega? Existe um estigma de que uma mulher nunca será feliz sem filhos e tratam a maternidade com algo que vai sanar todos os vazios e as dificuldades em cuidar de um beber serão transformadas pelo amor infinito.

No entanto, a realidade é outra. Esse suposto estímulo vira pressão na cabeça das mulheres, que vão desde amamentar sempre, mesmo que às vezes seja impossível, estar presente em todos os momentos e ao mesmo tempo ter renda o suficiente para sustentar da melhor forma a criança. 

Dentro desse contexto, a depressão pós parto chega e afeta milhares de mães todos os anos no Brasil. Esse distúrbio emocional relacionado ao nascimento de um bebê é fruto de muito preconceito por parte da sociedade. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma em cada quatro mães de recém-nascidos sofrem com essa doença, ou seja, aproximadamente, 25% das mães em todo o país. Em um contexto mundial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 19,8% das mães sofrem de algum transtorno mental, com a maioria focada na depressão.  E o que essas mulheres precisam é de uma rede de apoio e demonstrações de afeto, de que está tudo bem e que o que sentem importa.

Mas afinal, do que se trata? É uma doença que acomete mulheres após o parto. É definida como uma profunda tristeza que pode trazer consequências tanto para mãe como o bebê, pois compromete o vínculo entre eles, que pode inclusive não ocorrer. E pode até passar despercebida ou ser menosprezada, o que é um grande risco. Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, pode acontecer em qualquer gestação. As mulheres que apresentaram depressão pós-parto em uma gestação têm maior chance de recorrência nas posteriores. 
 

Alguns sintomas que sugerem um quadro depressivo:
 
- Falta de interesse por atividades diárias que anteriormente eram prazerosas.
- Perda ou ganho de peso rápido;
- Insônia ou excesso de sono
- Cansaço extremo;
- Ansiedade e excesso de preocupação;
- Sentimento de menos valia.
- Sentimento de culpa;
- Tristeza profunda;
- Dificuldade para se concentrar e tomar decisões;
- Vontade de prejudicar ou fazer mal ao bebê ou a si própria
 
 
Quanto aos sintomas, eles podem variar. Geralmente aparecem nas três primeiras semanas após o parto, mas pode variar, podendo ocorrer meses após o parto. Por isso, é preciso ter atenção. Os sintomas podem ser leves no começo e irem se agravando com o tempo, assim o diagnóstico pode ser tardio. Por isso,na presença de qualquer sinal ou sintoma, o tratamento adequado deve iniciar o quanto antes, acompanhamento por profissional. Lembrando que não existe um exame para diagnóstico, apenas a avaliação clínica em que um médico pode diagnosticar o transtorno. 

E sobre as causas, estas podem estar relacionadas a vários fatores, entre eles físicos, hormonais, emocionais, estilo de vida ou a transtornos psiquiátricos prévios. Também pode ter como causa depressão e ansiedade já diagnosticadas ou subestimadas, a falta de apoio da família ou do parceiro, vício em drogas e álcool, isolamento e privação de sono. Por isso, é importante, de uma forma mais ampla, prevenir a depressão pós-parto é cuidar da saúde mental, não se isolar, ter pessoas ao seu lado para te apoiar durante a gestação e após o parto.

Outro fator que é preciso observar é a diferença entre o baby blues com a depressão pós-parto. São condições diferentes. Baby blues ocorre logo após o parto e se caracteriza por um estado brando de tristeza, melancolia e alterações de humor. É frequente porém dura em torno de duas semanas com melhora completa dos sintomas. Mas é preciso também ser observada e necessita de uma rede de apoio. Já a depressão pós-parto tem sintomas mais intensos e de longa duração e, na maioria dos casos, necessita de tratamento profissional.

Portanto, no mês das mães, vamos refletir e ter um outro olhar sobre este tema tão delicado e que afeta a vida de muitas mulheres. 
 
 
 
Fontes: Ministério da Saúde/Fio Cruz

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