O câncer infantojuvenil é uma realidade difícil que afeta muitas famílias ao redor do mundo, sendo a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 0 a 19 anos. No entanto, graças aos avanços na medicina, as chances de cura têm aumentado consideravelmente, especialmente quando o diagnóstico é feito precocemente. Mas para isso, é fundamental que a sociedade conheça os sinais e entenda a importância do acompanhamento médico regular.
O que é o câncer infantojuvenil?
O câncer infantojuvenil é um conjunto de doenças que afeta o sistema de células que se multiplicam de maneira anormal e descontrolada. Diferente do câncer em adultos, o câncer infantil geralmente não está ligado a fatores de risco como tabagismo ou exposição a produtos químicos. Ele costuma ser resultado de fatores genéticos ou alterações celulares que ocorrem ainda durante o desenvolvimento.
As crianças e adolescentes podem ser afetados por diversos tipos de câncer, que variam entre leucemias, tumores do sistema nervoso central e linfomas. Felizmente, o diagnóstico precoce e o avanço nas terapias têm aumentado as taxas de cura.
A importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura. No entanto, identificar a doença nessa faixa etária pode ser desafiador, uma vez que os sintomas muitas vezes são confundidos com outras doenças comuns na infância.
Sinais de alerta
É importante que pais e responsáveis estejam atentos aos sinais de alerta. Embora nem todos esses sintomas signifiquem a presença de câncer, é essencial buscar avaliação médica se eles persistirem:
- Febre persistente: febre que não desaparece e não é acompanhada de sinais claros de infecção.
- Pele pálida e cansaço: a palidez e a fraqueza podem ser sinais de leucemia.
- Dor óssea ou nas articulações: dores constantes, especialmente se não estão associadas a lesões.
- Nódulos ou inchaços: aparecimento de nódulos em qualquer parte do corpo.
- Manchas roxas e sangramentos: manchas roxas ou sangramentos recorrentes e sem explicação podem indicar problemas sanguíneos.
- Perda de peso: perda significativa de peso sem motivo aparente.
Tipos comuns de câncer infantojuvenil
Existem vários tipos de câncer que podem afetar crianças e adolescentes, e cada um deles exige um tratamento específico. Alguns dos mais comuns:
- Leucemia: tipo mais comum de câncer infantil, afeta os glóbulos brancos e compromete o sistema imunológico. Leucemias linfoides e mieloides agudas são as formas mais frequentes.
- Tumores do sistema nervoso central: os tumores cerebrais e da medula espinhal são frequentes em crianças. Esses tumores podem afetar a mobilidade, a coordenação e até mesmo o desenvolvimento cognitivo.
- Linfomas: acometem o sistema linfático e dividem-se em Linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin. Em crianças, os linfomas tendem a crescer rapidamente e necessitam de tratamento imediato.
Tratamento especializado
Tratar o câncer em crianças e adolescentes exige uma abordagem médica especializada. Centros de tratamento de câncer infantil contam com equipes multidisciplinares, como oncologistas pediátricos, psicólogos e assistentes sociais, para oferecer o melhor suporte e cuidado.
Como apoiar a luta contra o câncer infantojuvenil
O diagnóstico de câncer afeta não só o paciente, mas toda a família. Apoiar as famílias e divulgar informações sobre o câncer infantojuvenil é essencial para reduzir o estigma e incentivar a busca por ajuda médica. Maneiras de contribuir:
- Divulgação de informações corretas sobre o câncer infantil e incentivo ao diagnóstico precoce.
- Apoio a hospitais e ONGs dedicadas ao tratamento e à pesquisa do câncer infantil.
- Voluntariado: muitos hospitais contam com voluntários para atividades recreativas e apoio emocional às crianças e suas famílias.